Estrutura Hierárquica da Secção

Fundo
DGCI
Direcção-Geral dos Impostos

SubFundo
DGCI/ABFN
Administração de Bens pela Fazenda Nacional

Secção
DGCI/ABFN/COM
Comendas de ordens militares


Ficha de descrição arquivística

Código de referência
PT/ACMF/DGCI/ABFN/COM

Título
Comendas de ordens militares

Data produção inicial
1600-06-05

Data produção final
1835-11-16

Dimensão
31 encadernações/documentos.

Historial
A comenda era um benefício régio dado como forma de reconhecimento de serviços prestados, encontrando-se associada, igualmente, à necessidade de povoar e explorar economicamente determinadas áreas geográficas. A comenda era constituída por um conjunto de bens que garantiam determinado rendimento ao seu titular que podia ser individual bem como uma ordem religiosa ou militar. Após a sua nomeação, o comendador tinha obrigação de registar em tombos todo o inventário dos bens da comenda e benfeitorias realizadas, para que assim se pudesse avaliar a sua administração. Sobre as comendas incidiam “visitações” ocasionais, prática institucional que servia de instrumento de controlo e exercício de autoridade na gestão das comendas, resultando em tombos, que coligiam a informação relativa aos bens e seu estado, nomeadamente no que diz respeito às delimitações das propriedades, cultivos, construção e contratos. Após a restauração de 1640, e a apropriação pela nova dinastia dos bens dos partidários de Castela, muito do rendimento destas comendas contribuiu para a liquidez financeira do Reino. Por seu turno, pelo alvará de 20 de Agosto de 1798 foi permitida a venda de comendas em hasta pública. Com a vitória definitiva dos liberais, em 1934, foram promulgados sucessivos diplomas que determinaram a extinção das ordens religiosas e militares, sendo os bens das comendas incorporados na Fazenda Nacional e passando o título de comendador a puramente honorífico. Relativamente à Comenda de São João da Covilhã, Comenda de Oleiros e Comenda de Santa Maria do Castelo, observam-se referências documentais que representam o reflexo da realidade económica e social das comendas.

Publicação
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO . (2015) Casa do Infantado e Grão-Priorado do Crato: catálogo. Lisboa: ANTT, disponível em: https://digitarq.arquivos.pt/details?id=3910407, (consultado a 20 de dezembro de 2019). - COSTA, Paula Maria de Carvalho Pinto. (1999-2000). A Ordem Militar do Hospital em Portugal: Dos finais da Idade Média à Modernidade, «Militarium Ordinum Analeta». Nº. 3. - COSTA, Paula Maria de Carvalho Pinto. (2005). A nobreza e a Ordem do Hospital: uma aliança estratégica in IV Encontro sobre Ordens Militares. As Ordens Militares e as Ordens de Cavalaria na Construção do Mundo Ocidental, Lisboa: Colibri. - FONSECA, Luís Adão da. (2002). A comenda de Noudar da Ordem de Avis: a memória da fronteira entre a Idade Média e a Moderna in “Las Órdenes Militares en la Península Ibérica”, coord. Jerónimo Lopéz-Salazar Pérez. La Mancha: Ediciones de la Universidad de Castilla, Vol. I- p. 655- 681. - FONSECA, Luís Adão da (Coord.). (2002). As Ordens Militares em Portugal, Seminário Internacional para el estúdio de las Órdenes Militares. - MONTEIRO, Nuno Gonçalo. (2003). O Crepúsculo Dos Grandes a casa e o património da aristocracia em Portugal (1750 – 1832). 2ª edição. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda. - OLIVAL, Fernanda. (2009). As comendas das Ordens Militares Portuguesas na Época Moderna: um ponto de situação historiográfico, In Comendas das Ordens Militares na Idade Média: actas do Seminário Internacional sobre Comendas das Ordens Militares. Porto: CEPESE. p. 119-130. - SERRÃO, Joaquim Veríssimo. (1986). História de Portugal. volume V , Lisboa: Verbo, Lisboa. - VERSO, Maria Inês. (2000). O processo de incorporação do Grão-priorado do Crato na Casa do Infantado. Volume 9, Filermo, p. 91-112.




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